O tratamento da endometriose pode ser clínico ou cirúrgico. Depende dos sintomas, da idade da paciente, do sítio da doença (se é superficial, ovariana ou profunda) e da severidade do comprometimento de órgãos como bexiga, ureter e intestino.
Tratamento Clínico
Pode ser realizado por meio de contraceptivos hormonais (combinados ou só com progestogênios), por via oral, transdérmica, vaginal, injetável ou por sistemas intrauterinos. Os análogos do GnRH, substâncias que bloqueiam a produção hormonal ovariana promovendo uma diminuição dos sintomas decorrentes da doença, são também uma alternativa de tratamento clínico. O uso de fármacos como o danazolu ou a gestrinona são opções menos indicadas atualmente.
Tratamento Cirúrgico
Consiste na extirpação dos focos da doença por laparoscopia, preferencialmente, e dos possíveis sítios da doença (doença superficial, endometriose de ovário e endometriose profunda). A exérese da endometriose de sítios específicos como o reto e sigmoide requer um diagnóstico pré-operatório preciso, com preferência para a utilização do ultrassom especializado em endometriose, o que permite definir entre a ressecção do nódulo intestinal ou do segmento comprometido como melhor estratégia cirúrgica.
Tratamento Combinado Para Pacientes Que Não Desejam Engravidar
Após o procedimento cirúrgico, o tratamento clínico complementar é uma alternativa para pacientes com dor, podendo ser realizado por meio de agonistas parciais do GnRH, do sistema intrauterino liberador de levonorgestrel, de contraceptivos hormonais ou progestógenos isolados, como o dienogest.
Tratamento Para Pacientes Que Desejam Engravidar
As possibilidades de pacientes com endometriose engravidarem depende da presença ou não de aderências nas tubas uterinas que possam dificultar o processo. Em pacientes com tubas uterinas normais, a indução da ovulação após o tratamento cirúrgico pode trazer bons resultados. Na falha, a inseminação intrauterina pode ser uma alternativa. A fertilização assistida é indicada no caso de insucesso deste procedimento ou para pacientes com mais de 35 anos.
Estresse e Qualidade de Vida
Inegavelmente, estresse e endometriose estão associados. Por isso, ao se tratar a doença, deve-se também pensar em como lidar com o estresse emocional a ela relacionado. Exercícios físicos aeróbicos são muito úteis como procedimentos complementares, bem como psicoterapia e outras ações que permitam um bem-estar global da mulher.