Tipos

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Imagem: Dra. Lídia Myung

 

Tipos e Classificações

Em 1997, propôs-se que haveria tipos diferentes da enfermidade – superficial, de ovário ou profunda –, cogitando-se que cada um deles tivesse comportamento distinto.

Endometriose Superficial

Corresponde ao implante do endométrio na superfície do peritônio, tecido que reveste a cavidade peritoneal (recobrindo as paredes do abdome e a superfície dos órgãos digestivos). Podem aparecer como implantes vermelhos (mais ativos), pretos (em fase de remissão) e brancos (cicatriciais). Apesar de superficiais, podem ser responsáveis por dor de forte intensidade.

Endometriose dos Ovários

Pode acometer os ovários superficialmente ou ocasionar os cistos de endometriose ovariana, conhecidos como endometriomas ou cistos chocolate. Recebem esta denominação porque apresentam sangue antigo espesso no seu interior, adquirindo aspecto marrom. Estudos recentes mostram que a doença de ovário se relaciona a quadros de dor quando está associada à endometriose profunda.

Endometriose Profunda

A forma mais severa da doença é caracterizada por implantes de endométrio com mais de 5mm de profundidade, que podem comprometer os ligamentos uterinos, a região posterior ao útero (retrocervical), a bexiga urinária e os intestinos (reto e sigmoide, que correspondem à parte final do intestino grosso; íleo, equivalente à porção terminal do intestino delgado; ceco, começo do intestino grosso; ou apêndice cecal). É a versão da enfermidade mais associada a sintomas de dor e que tem maior complexidade terapêutica.

 

Destaca-se aqui a endometriose de septo retovaginal, modalidade de endometriose profunda que compromete a região entre a vagina e o reto. Há uma frequente confusão entre septo retovaginal e doença retrocervical. A doença do septo retovaginal é mais baixa e de maior complexidade terapêutica.

Estadiamento

EstadiamentoExistem níveis de acometimento do organismo pela endometriose. Em 1996, a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva publicou uma das classificações mais usadas até hoje que classifica a doença em quatro estádios (I, II, III, IV) de acordo com a quantidade de doença no peritônio ou ovários, bloqueio retro-uterino ou aderências dos ovários ou tubas. Após a laparoscopia, registra-se a quantidade de doenças definindo-se um sistema de escores cuja soma resulta na definição da doença como mínima (I), leve (II), moderada (III) ou severa(IV). Mais recentemente a Associação Americana de Laparoscopia Ginecológica (AAGL) está finalizando uma classificação nova, mais precisa, ao contemplar a doença profunda.

 

Estadiamento da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM, 1996).